terça-feira, 17 de novembro de 2015

O Pescador

Santos era um senhor magro, alto, olhos verdes e cabelos grisalhos. Todos os dias ele ia até as pedras da praia para pescar e sempre levava seu balde cheio de iscas e uma caixa de isopor para guardar os peixes que conseguia pegar. Em um belo dia, Juca, um menino moreno de olhos castanhos e cabelos negros mas, principalmente, era um garoto que adorava fazer travessuras e nesse dia, ele escolheu pregar uma peça no velho Sr. Santos. A brincadeira consistia em roubar as iscas e os peixes do velho e o deixar furioso, então Juca se esgueirou entre pedras enquanto o velho estava distraído olhando a vara de pesca. Juca vagarosamente pegou o balde de iscas e quando foi pegar a caixa de isopor, o velho vira e fala. - Moleque danado. Vou arrancar seus dedos seu ladrão!

Então Juca correu e o velho Sr. Santos foi atrás do garoto vagarosamente devido a idade já avançada, Juca se movia rápido, pulava nas pedras, entrava em vãos e corria, até que, Juca não conseguia mais ver o velho. O garoto se sentindo vitorioso e cansado percebeu que estava muito longe da cidade, em um ponto isolado da praia perto de um mangue, Juca se sentou perto de uma arvore e só nessa hora ele percebeu o balde em sua mão, então olhou dentro do balde e viu algo que lhe embrulhou o estômago e fez o medo subir-lhe a espinha, dentro do balde haviam dedos humanos, o garoto deixa o balde cair e o conteúdo do balde se espalha na lama. Juca estava em pânico e quando ele foi correr, mãos fortes o agarraram e tamparam sua boca, a pessoa aproximou a boca no ouvido do Juca e falou: - Que bom que te encontrei garoto! Já estava ficando sem iscas.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Anhanbaçai


*20/05/2011 - 3:35*
Em 1531 foi enviado de Portugal para o território conhecido como Brasil, uma expedição afim de colonizar uma pequena área habitada por indígenas. O nome da tribo e seus costumes foram esquecidos mas fica os relatos dos conquistadores.

"Estas são as narrativas do Capitão V**** em vigem para colonizar novas terras no Brasil, somos 120 homens e saímos de Lisboa em 05/04/1531"

Nos documentos encontrados (um diário) o nome do capitão foi apagado de todos os registros e não foram encontrados os registros dos tripulantes, mas o documento fala de um motim em meados de junho, creio que devido a algum problema na viagem eles demoraram mais do que deviam.

*11/08/2011 - 20:19*

Depois de muita pesquisa encontrei alguns documentos no velho porão da igreja de Anhanbaçai, lá fala que dos 120 tripulantes sobraram apenas 87 que chegaram na costa brasileira em um ponto ainda povoado por indigenas.

Os relatos em um diário feito  pelo imediato da caravela (estranho mas o nome também foi apagado), falam que logo que chegaram os índios foram ao encontro deles, porém, ele diz que não sabe o porque, algum marujo que estava armado, atirou contra os índios acertando o peito de um velho, segue o relato recuperado:

"Em 13/06/1531 um dos nossos marujos feriu um velho índio no peito, os indígenas nos atacaram com pedras e flechas porem todos estávamos armados e conseguimos ganhar a batalha contra os indígenas, nos dirigimos então para a aldeia fazendo prisioneiros os homens e crianças, as mulheres foram cativas em um ponto separado da aldeia"

Nesse ponto também faz menção há uma velha mulher que gritava e cuspia na direção dos conquistadores e em certo momento eles falam do único ritual que temos noticia sobre esta tribo que ninguém saberá o nome.

"Uma velha índia que estava presa junto das mulheres começa a gritar, ela grita frases para a lua que hoje é cheia, um dos marujos sai de uma oca levantando os calções e diz que vai dar um fim a mulher, ele pega sua carabina e vai em direção a velha, porem, quando o marujo chega próximo da velha, ela o ataca e o morde na garganta, e com o rosto ensanguentado olha para a lua e grita Anhanbaçai, pega a faca do marujo e corta a própria barriga e morre ainda em cima do pobre home agonizante."

Ainda não sei que tipo de ritual foi esse mas partir dai não há mais relatos, varias paginas foram arrancadas do diário. 

*29/06/2013*

Achei em um velho ponto da cidade onde supostamente ficava a aldeia dos índios, encontrei uma gruta com sinais de mineração, pesquisando um pouco encontrei também desenhos em um ponto intocado da gruta, não entendo o por que dos colonizadores não terem se aventurado no local, mas lá encontrei um pequeno bau com uma pagina do diário do imediato.

"É tudo culpa daquela bruxa, fomos amaldiçoados! Nós e nossos filhos e os filhos deles não terão paz, rezo para todos os santos para que nos acudam mas parece que nenhum santo pode nos escutar neste lugar maldito"

Não acredito em superstições, mas tentarei ver com algum historiador de cultura indígena o que seria esta maldição

Continua...

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Amor demais

Paulo era um rapaz tímido, tinha grandes olhos castanhos, cabelos escuros e era muito magro, dificilmente conversava com algum adulto mas amava passar o tempo com as crianças, o quintal de sua casa tinha uma grande goiabeira e uma jabuticabeira que ele deixava as crianças roubarem as frutas, Paulo era um homem bom.

Um belo dia, ele encontra em seu quintal uma garotinha que chorava ao pé da goiabeira ele se dirige a garota e fala: - O que há com você? Por que chora garotinha? - a garota com lágrima nos olhos vira para o lado e tenta esconder a face com o cabelo, Paulo então tira o cabelo da frente e vê o grande hematoma arroxeado no olho direito da garota, ele se enche de fúria e pergunta a garota: - Quem fez isso garotinha? - a menina então fala em uma voz rouca: - Meu pai! Ele bebe demais e então ele me faz coisas horríveis. - Paulo foi acometido pelo ódio, como alguém poderia machucar uma criança.

-Me mostre onde é sua casa.

A garota leva Paulo até um local afastado perto da praia, lá havia um casebre onde a garota indicou que morava, Paulo com toda a sua fúria abriu a porta, foi quando alguém o golpeou na cabeça e ele desmaia.

Algum tempo depois ele acorda, esta amarrado em um tronco no meio de um mangue lá ele vê varias figuras na sombra, ele tenta falar mas a mordaça não deixa, então ele ouve uma voz.

- Tem certeza que é ele?
Outra pessoa fala.
- É claro que sim, ta na internet, o cara estuprou varias crianças e uma delas até o reconheceu.

Paulo começa a se desesperar, do que eles estavam falando, ele não era um estuprador ainda mais um pedófilo, ele tenta falar mas alguém acerta as costelas dele e ele sente algo quebrar então alguém fala.

-Pedófilo maldito! Essa noite vai ser longa e também a sua ultima.

Então varias pessoas se aproximam, e todas com pedaços de pau, pedras, facas e qual quer coisa que sirva de arma.

Paulo estava chorando e só pensava "Eu não fiz nada! Por que isso esta acontecendo?", então veio o primeiro golpe, e lhe acertam o joelho, depois disso, foi uma torrente de golpes e ofensas, foi uma noite de ódio e o pobre Paulo não conseguia entender o porque de fazerem isso com ele, então em um momento de clareza ele entendeu, ele foi confundido, por ele amar as crianças confundiram ele com alguém, mas isso já não fazia diferença, ele já sabia qual seria seu fim, um inocente morto por culpa de outro.

Na manhã seguinte uma garotinha com o olho roxo e seu pai iam de mãos dadas para casa, a garota de cabeça baixa e seu pai com um sorriso nos lábios, então quando eles chegam em casa o homem fala: -Você foi uma boa garota ajudando o papai! - o homem entra em casa, a garota com lágrimas nos olhos já sabe que seu tormento vai começar novamente e agora ,também vai ser assolada pelo fantasma da culpa por ter levado para a morte um homem inocente.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Off-Topic - Histórias de familia

Esta história rola meio que obscura em minha família, ninguém sabe se é verdade ou não.

Meu bisavô era caixeiro viajante, um dia ao voltar de viagem ele trouxe um livro muito velho, capa preta de coro e bem gasto.
Depois de alguns dias lendo o livro meu bisavô foi acometido por delírios e enfim enlouqueceu, meu avô, percebendo que o pai ficou assim depois de começar a ler o livro decidiu dar um fim aquela coisa e enterrou em um terreno afastado da onde eles moravam. Na semana seguinte meu bisavô estava muito melhor, não tinha mais surtos ou delírios, porem não se sabe como, um dia meu bisavô voltou a ter os tais ataques até que ele veio a falecer. Quando meu avo foi arrumar as coisas do meu bisavô ele abre uma gaveta e dentro dela estava o maldito livro ainda sujo de terra.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Felizes para sempre


Mateus era um trabalhador comum, era apaixonado por Catarina, uma linda mulher, com cabelos negros, olhos castanhos e de pele morena com quem casara a pouco tempo.
Um dia, Mateus foi visitar sua mãe e lá a velha senhora Tereza chegou no seu filho e lhe disse.

- Filho! Toma cuidado com sua mulher! Esta na boca do povo que ela te trai!
Mateus então falou:
- Mãe! Não começa! Eu a amo e confio nela.
A mãe então fala enquanto coloca mais uma fatia de bolo no prato de Mateus.
- Não diga depois que eu não lhe avisei.

Mateus foi para casa, onde foi recebido por Catarina com um longo beijo ainda no portão.
- Como esta sua mãe querido? - Disse Catarina
- Esta bem querida. - Disse Mateus, omitindo a parte em que Dona Tereza falou de Catarina.

Mateus no dia seguinte foi trabalhar como sempre, saiu  bem cedo e enquanto esperava o ônibus que estava atrasado, viu passando do outro lado da rua Catarina, que conversava com um rapaz de terno, bonito e jovem, com cabelos loiros.

Ele ficou observando enquanto passavam conversando, então as palavras de sua mãe veio a mente "Filho! Toma cuidado com sua mulher! Esta na boca do povo que ela te trai!", e isso ficou ecoando na mente dele pelo resto do dia, e a imagem do rapaz de terno. Mateus estava acometido pelo ciúme, pela ira, ele tentou pensar em outras coisas, mas aquelas palavra sempre ecoavam na mente dele como um mantra maldito "ela te trai".

Mateus chegou em casa tarde aquele dia, pois decidiu afogar suas magos no fundo de uma garrafa, chegando em casa Catarina lhe pergunta: - O que aconteceu meu amor? - Mateus com ódio, só pensava "ELA TE TRAI", e com um soco, derruba Catarina no meio da sala, atordoada ela tenta falar algo mas Mateus esta cego e surdo pelo ódio, ele sobe em cima dela e começa a esmurrar a pobre mulher e quando ele para percebe que Catarina já esta sem vida.

Ele vai até a cozinha para buscar algo para beber e sobre a mesa esta um pequeno embrulho azul com uma fita verde e um envelope, ele com as mãos tremulas, abre o envelope e lê:

"Meu amor! Sai hoje para lhe comprar este presente.
Espero que goste.

Da sua esposa que te ama muito: Catarina"

Ele com lágrimas nos olhos e mãos tremulas abre o embrulho e lá encontra uma pequena caixa e na caixa o seu perfume favorito, uma corrente de ouro e a foto de casamento do casal, em uma linda moldura com os seguintes dizeres.

"E viveram felizes para sempre"

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Escolhas

Omar era um mendigo, com pés rachados e sujos e pedia dinheiro na frente da igreja da cidade.
Um belo dia uma linda jovem o aborda e lhe dá um prato de comida, e com lágrima nos olhos ele aceita "é um anjo" ele pensou.
A cena se repetiu por um mês inteiro, a garota chegava com uma marmita entregava para Omar mas nunca falava nada, nem quando Omar tentava puxar um assunto ela abria a boca, simplesmente entregava a marmita, virava e ia embora.
Um dia Omar intrigado decidiu seguir a garota e enquanto andava começou a se recordar de sua família que ele deixou, sua mulher e 2 filhos, ele havia se envolvido com coisas erradas na época, bebidas, drogas, furtos e roubos e por fim a cadeia, e com isso a vergonha de ver a família novamente, ele se sentia sozinho, pedindo dinheiro para sobreviver e para alimentar seus vícios, a bebida e as drogas tinham lhe tirado a alma, mas roubar jamais o faria de novo, a cadeia lhe ensinou muito bem como o ser humano pode ser cruel, estupro, violência, mortes a cadeia era uma terra de ninguém e ele não queria mais ter que conviver com esse medo e terror novamente.

A garota percebe que Omar a esta seguindo então ela para e se vira e pela primeira vez ele escuta a vós de seu anjo: - O senhor gostaria de algo? Por que esta me seguindo? - Omar ficou mudo, as palavras vinham a sua cabeça, queria perguntar quem era ela, o porque de tanta gentileza mas a boca só pronunciava palavras desconexas. A garota então fala: - Gostaria de ir a minha casa? - Omar faz um gesto que sim e lá se foram caminhando pelas ruas da cidade e quando ele percebeu esta indo em direção a um casebre afastado de tudo em um local inóspito.

A garota abre o portão de ferro que range e acena para Omar entrar.

Omar estava sem jeito, o local era simples mas muito bem arrumado, a garota vai até a cozinha e logo traz uma bandeja com café e biscoitos e Omar esta de pé próximo a porta, a garota então fala para Omar se sentar em uma poltrona perto dela.

- Creio que nunca me apresentei a você. Meu nome é Ester e o senhor se chama Omar correto?

O homem da um sinal de sim para a garota.

- O senhor esta muito calado hoje!

Omar então fala.

- E...É que é a primeira vez que a senhora fala comigo.

A garota solta um risinho e fala:

- Eu só não sentia a necessidade de falar algo, mas deixemos esse assunto, tome um café e coma esses biscoitos e me fale, por que me seguia?

Omar toma um gole de café e meio sem jeito falou:

- Eu estava curioso! A senhora sempre é tão boa comigo, me leva comida e nunca fala nada. Só queria lhe agradecer e lhe perguntar. Por que a senhora me ajuda?

Ester olha nos olhos de Omar e ele repara o quão bonita é Ester, olhos verdes profundos, cabelos vermelhos e pele clara.

- Vou lhe contar uma história. - disse Ester - Eu era muito pequena e só me lembro de algumas coisas, eu tinha 6 anos e já tinha visto o pior que as pessoas podem fazer, minha mãe sempre sustentou a nossa casa, mesmo quando meu pai morava conosco, eles eram o oposto um do outro, minha mãe era amorosa, meu pai era frio, ela era a representação da esposa e mãe perfeita e sempre acreditou que meu pai tomaria jeito, que largaria seus vícios até mesmo antes de morrer naquela cama de hospital, pois depois que meu pai desapareceu as coisas pioraram e ela teve de se tornar uma prostituta para sustentar a casa, ela acreditava que meu pai voltaria e fiz uma promessa quando ela deu seu ultimo suspiro.

Omar com lágrima nos olhos perguntou:

- Qual foi a promessa?

Ester com o olhar gélido e com ódio na voz fala:

- Eu iria me vingar do desgraçado que nunca deu amor a minha mãe a mim e meu irmão.

Omar começa a ficar zonzo, sua boca fica seca e a visão turva.

- O senhor é meu pai, Omar! O senhor é a causa de minha desgraça e de meu irmão que morreu com 3 anos por que o senhor deixou sua droga em casa, ele comeu pensando que era açúcar! Se não me engano era cocaína, minha mãe teve de esclarecer as coisas com a policia, ela quase foi presa mas por conta da lingua das pessoas ela perdeu o emprego como empregada domestica! O SENHOR MATOU MEU IRMÃO E MINHA MÃE!

Omar fraco e sentindo enjoo perguntou:

- O que tinha no café?

Ester sorriu e falou:

- Veneno papai!

Enquanto Omar caia no chão com vomito na boca pensou: "É justo"

terça-feira, 19 de maio de 2015

Off Topic - Avisos e Sonhos

Ola a todos.

Aqui é o Vanguard, humilde criador deste blog de contos e estou aqui para esclarecer o porque de demorar tanto para postar algo. Como eu trabalho eu não tenho muito tempo para cuidar deste blog e como ele não me gera nenhuma renda e eu tenho esposa e filho para sustentar eu tenho que focar em meu trabalho.

Outra coisa é que esse Off Topic vai ser um tema recorrente aqui onde pretendo falar de assuntos fora dos temas de contos, talvez eu fale dos filmes que eu gosto e coisas que aconteceram comigo e que estão dentro do tema macabro e assustador, desde pesadelos até coisas que não tem uma explicação e que deixaram dias sem dormir direito. Então abaixo esta uma destas história, esperam que curtam.



Quando eu tinha 7 anos eu tive esse pesadelo.
Eu estava na em casa com minha irmã e estávamos nos escondendo pois tinha alguma coisa nos perseguindo, a casa até hoje existe e meus pais e irmãos moram lá, é uma casa com  1 andar, na época havia uma porta na sala e outra na cozinha, na sala havia uma escada em espiral que ia ao primeiro andar e estávamos nos escondendo debaixo dela quando na porta da sala aparece um ser com um grande capuz preto, a pele era branca e olhos negros, ele esticou a mão e ela se aproximava e crescia até que agarrou minha irmã e a levou. Eu corri atrás da criatura mas quando sai pela porta não estava no meu quintal, mas estava em um ponte de pedra, em baixo da pote corria um rio de lava e no fim dela havia 2 pirâmides. Fui até o fim da pote e quando cheguei aos pés das pirâmides havia um pátio com varias crianças no local, próximo a uma plataforma estava minha irmã e uma menina que seria minha prima e seu nome seria "Libélula" (depois de anos descobri que ela não existia, mas tenho varias lembranças de ter visitado essa garota na minha infância mas esta história fica para outra hora), cheguei perto das duas e falei: - Vamos sair daqui. - quando peguei no braço da minha irmã todos em volta se tornaram criaturas bizarras mas lembro claramente de uma que estavas bem próximo de mim, ela não tinha boca, a pele era azulada bem clara, orelhas pontudas, pele oleosa e grandes olhos pretos, minha prima, minha irmã e eu corremos em direção da ponte e todas as criaturas correram atrás de nós e quando passamos pela ponte estávamos no quintal da minha casa, porem as criatura estavam ainda vindo, então falei para as duas correrem que eu ia segurar o portão do corredor,  eu estava fazendo força no portão e senti algo empurrando para abri-lo, foi quando do meu lado surgiu um homem com um casaco militar vermelho (tipo aqueles de filmes que tem soldados ingleses, era um uniforme igual), não lembro do rosto do sujeito mas ele se aproximou e me ajudou a segurar a porta. Chegou um momento em que não conseguia mais segurar e o cara também não, ele olhou para mim e só lembro que o portão se abriu e houve um clarão, foi ai que acordei.

Sei que é apenas um sonho, mas como eu tive poucos pesadelos e esse foi um dos que me deixou com  mais medo por não se tratar de algo que acontecia comigo mas com um de meus irmãos é até hoje um sonho que eu tenho mais medo.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Uma viagem inesquecivel

Claudio, Sheyla, Marcos e Nádia decidiram viajar para um pequena cidade perto do litoral em busca de uma aventura nas férias da faculdade, logo que chegaram se hospedaram em um pousada e saíram em busca de algo para fazer. Eles percorreram toda cidade, foram ver a igreja e pontos turísticos como o "Monte da Viúva" onde supostamente uma mulher se suicidou logo depois de saber que seu grande amor havia morrido em afogado, mas foi voltando a pousada que eles acharam algo realmente interessante para se fazer. No quadro de avisos um panfleto para uma viagem de barco para alto mar e depois um passeio em uma ilha chamada "Ilha do Afogado" que o dono da pousada dizia ser muito bonita.

Então decididos a aproveitar ao máximo se dirigiram a praia em busca da tão esperada aventura.
Chegando na praia foram ao local informado no panfleto, um bar de pescadores, lá estava um senhor gordo com uma longa barba preta e que fedia a peixe, Claudio então foi até o balcão onde o homem estava e perguntou: - Bom dia.  É aqui que a gente faz essa excursão do panfleto para a Ilha do Afogado? - O homem se vira e com uma voz grave fala: - Sim meu jovem, gostaria de ir ver a ilha? - Sim! Eu e meus amigos! Estas são Sheyla e Nádia! Este é meu amigo Marcos e eu sou o Claudio! - Claudio estende a mão ao senhor do balcão  - Prazer! Pode me chamar de seu Zé! - que logo apertou a mão do jovem - O preço da viagem é $25,00 por pessoa. - Marcos então sacou de uma nota de $100,00 e entregou ao Zé - E Quando saímos? - Falou Marcos - Se quiserem só vou chamar meu filho e podemos ir em 10 minutos para meu barco. - Seu Zé saiu rapidamente e deixou um ajudante do bar tomando conta, os 4 amigos pediram uma cerveja de procedência duvidosa e uma porção de linguiça fatiada, todos estavam ansiosos, talvez os garotos mais que as garotas pelo simples fato de pensarem em como seria aproveitada a noite entre casais. Claudio era um garoto de 19 anos, alto e magro, cabelos lisos castanhos e olhos azuis, seu interesse na viagem era a bela Nádia, uma garota que conheceu na Faculdade onde ele cursava História e a Nádia cursava Administração, ela era uma garota magra, tinha 20 anos, cabelos loiros, olhos castanhos e o que chamava mais a atenção dos homens eram os seios fartos.
Marcos era o típico esportista, forte, cabeça raspada, as orelhas esfoladas pelas incontáveis horas treinando Jiu - Jitsu no tatame, tinha olhos pretos e era baixo tinha 19 anos e cursava Educação Física, namorava Sheyla uma garota extrovertida de 18 anos, baixa com grandes olhos verdes e cabelos pretos, cursava Direito. Os quatro ficaram lá até que o seu Zé voltou passando pela porta do bar e falou - Tudo pronto, podemos ir! - Os quatro amigos pegaram suas coisas e foram para o barco, na verdade, um velho barco de pesca mas que dava mais charme a aventura.
Então zarparam em direção ao mar onde ao longe viam uma pequena ilha.

Marcos estava eufórico e falou com seu Zé - O Zé, por que essa ilha tem esse nome? Ilha do afogado? - Zé olhou para a cara do rapas com um sorriso zombeteiro e falou - É por que um homem se afogou lá - Todos riram de Marcos, e como ele tinha pavio curto foi na direção do seu Zé e lhe apontou o dedo na cara do velho - Olha aqui seu gordo escroto, eu to pagando essa porra, então tenha mais respeito com seu cliente! - Zé olhou para a cara do garoto e finalmente falou - Só quis fazer uma piada para descontrair, não precisa ficar nervoso só por isso! Bem! Você quer uma história e é isso que vou contar a vocês. Há muito tempo havia um pescador, diziam que era o melhor da região! Um homem bom e honrado que tinha uma noiva belíssima, porem essa felicidade do casal despertou a inveja de um homem! Esse homem era um homem cruel, dono também de um barco de pesca e seus companheiros de pescas eram também homens cruéis, se aproveitavam das pessoas, um dia eles prepararam uma emboscada e capturaram o pobre pescador e eles o amarraram de ponta cabeça em uma arvore na ilha em que estamos indo (claro que nesta época a ilha tinha outro nome mas que já foi esquecido pelas pessoas desta região), então deixaram o pobre homem lá, pendurado de ponta cabeça e quando a maré subiu o pobre homem foi afogado. Só o acharam depois de dias de busca e sua linda noiva se suicidou logo que soube que seu grande amado havia morrido. Essa é a história do "Monte da Viúva" e a "Ilha do Afogado". - Todos ficaram em silencio até que Marcos falou - Essa história só pode ser um conto! Quem iria acreditar em algo assim? - Sheyla se levanta agarra o braço de Marcos e fala - Mas foi realmente muito romântico não acha querido? - Marcos a segura e dá um longo beijo em sua boca, foi quando Nádia fala - Tem um barco se aproximando - Todos se viram para olhar e logo depois ouvem um barulho de tiro e Marcos cai com um ferimento fatal na cabeça feito pela pistola calibre 38 que o seu Zé tem em uma mão - Sabe garotos, vocês deveriam entender a moral da história, essa história não é sobre amor e sim um aviso, "O mal esta sempre a espreita" - o barco que vinha ficou em paralelo ao do seu Zé e todos viram homens armados dentro do barco - Boa tarde Zé! E como foi a pescaria hoje? Vejo que pegou 2 lindas serias mas não entendi o por que do franguinho? - Falou um homem moreno e forte de dentro do outro barco - Francisco meu amigo! como é que vai? O franguinho veio junto destas lindas serias mas já ia me livrar dele! Que tal fazermos igual da ultima vez? - Francisco então olha para o rapaz e fala - Deita no chão e coloca as mãos para traz - Carlos deitou no chão, nesta hora ele estava chorando e amaldiçoando aquela viagem, Nádia e Sheyla estava em choque, Sheyla chorava aterrorizada olhando para o corpo de seu namorado, Nádia estava de joelhos com os olhos regalados, não chorava e não emitia quais quer som.

Os homens do outro barco entraram rapidamente e amarraram as mão e pés de Claudio, Nádia e Sheyla foram amarradas e amordaçadas, seu Zé chega bem perto das 2 garotas que agora estão chorando copiosamente e fala - Cada uma deve me valer uma boa grana! Vocês deveriam se sentir felizes, vão conhecer outro país! Provavelmente a Europa! - Quando ouviram isso entraram em desespero mas já era tarde, foram colocadas em um compartimento com mais 5 mulheres dentro do barco que acabara de chegar. Já o pobre Claudio foi amarrado de ponta cabeça em uma arvore da ilha e ficou lá até o anoitecer sendo assistido pelos homens nos 2 barcos enquanto as aguas vagarosamente invade a terra onde ele esta amarrado, todos os pescadores estão rindo ao ver a cara de pavor do pobre rapas, Carlos esta chorando e gritando agora, as aguas agora molham seus cabelos, e em um instante esta com a cabeça submersa, ele bate os pés tentando se livrar da cordas mas é em vão, ele começa a se lembra de sua mãe e seus irmãos, começa a lembrar de Nádia e tenta imaginar qual será o fim dela e da pobre Sheyla e por fim a escuridão invade suas vistas e tudo mais se vai.

Depois de garantir que o garoto esta realmente morto dando um tiro na cabeça dele, seu Zé pega os corpos e vai em alto mar e os joga amarrados com pedras nos pés como tantas vezes o fizera. - Pronto! agora é só ver o lucro de hoje e dar a parte para o dono da pousada!

quarta-feira, 29 de abril de 2015

O artista

Marcos era conhecido na cidade como "Artista", ele não entendia de atuação mas suas mãos hábeis conseguiam tornar a mais rude pedra em uma obra prima. Ele era dono de uma joalheria da cidade e todas as joias que lá estavam a venda foram feitas por ele, desde brincos com formas complexas que remetiam as ondas do mar feito em ouro e pedras preciosas até coisas mais simples como o pequenos anéis de aço com minúsculas gravuras de formas que lembravam montanhas e o por do sol, Marcos era um artista nato. mas sua grande paixão eram as cores das pedras preciosas, o verde da Jade, a luz que brilha no diamante formando um arco-íris enfim, ele era apaixonado por essas pedras preciosas e tudo que remetia a elas. Ninguém entendia o porque de tal artista que poderia facilmente fazer seu nome mundo a fora se contentava em ficar naquela pacata cidadezinha do interior e quando perguntado ele sempre dizia "Me contento com minha arte e ela me basta, a fama e fortuna não tem nada haver com felicidade".

Toda sexta a noite Marcos fechava a loja mais cedo, pegava seu carro e descia ao litoral, ele costumava passar o fim de semana em sua casa de praia onde se isolava de todo o mundo e bebericar em um bar perto do porto da cidade, e como de costume era sexta feira e ele seguiu religiosamente sua rotina. Depois de deixar suas coisas na casa de praia, se dirigiu ao bar, o local era um barzinho de litoral, onde pescadores e todo o tipo de pessoa frequentava, Marcos passa pela porta do bar e vai até o balcão e fala "Boa noite Zé, o de sempre" então o gordo dono do bar, um homem carrancudo com uma longa barba preta e que cheirava a suor e peixe pega um caneco e coloca sua melhor cerveja no recipiente e fala "Já achou algo que lhe agrade meu jovem?" Marcos então responde "Ainda não! Mas a noite só esta começando." e quando ele se vira ele vê entrando pela porta uma linda jovem, cabelos loiros, olhos verdes e um sorriso acolhedor, ela usava um shorts jeans e uma camiseta de alguma banda de rock, ela vai direto ao balcão do bar e pede uma Vodka, então marcos se vira e fala "Posso pagar essa para você?" a jovem olha no fundo dos olhos de Marcos e fala "Tenho dinheiro, pode ficar com o seu!" Marcos se sentiu mais atraído pela jovem, enfim um desafio para ele, então ele se vira e fala "Então podemos conversar? Afinal! Beber sozinho é muito chato." a garota que agora sente uma afinidade com o belo rapaz de cabelos castanhos e olhos escuros como carvão e um rosto que transparece confiança, mas o que lhe chamou a atenção foi o sorriso que era capaz de quebrar uma geleira. Ela então se senta mais perto do rapaz e fala "Meu nome é Marta e o seu?" "Marcos! Você veio aproveitar a praia ou mora por aqui?", conversa vai e conversa vem e Marcos descobre que Marta esta de passagem na cidade, ela esta indo para casa de uma amiga que lhe prometeu emprego e como a viagem dura 4 dias e o carro dela estava quebrado ela teria de passar a noite na cidade.

Era mais ou menos 3:00 da manhã quando saíram do bar, foram os últimos clientes, ambos estavam eufóricos, a paixão e o desejo eram palpáveis, logo se dirigiram a casa de praia.
Chegando lá eles já estavam se beijando, Marta jogou marcos no sofá e logo tiraram suas roupas, Marta tinha uma tatuagem tribal nas costas e logo a noite de luxuria começou, beijos, respiração ofegante e corpos suados, quando terminaram adormeceram, no dia seguinte Marta acorda e tenta se levantar mas algo a impede, ela olha para os lados e vê que esta presa a uma cama parecida com a de hospitais, Marcos esta de pé ao lado dela, ela tenta falar algo mas não consegue, ela percebe que esta amordaçada, ela começa a chorar e se debater, calmamente Marcos chega perto do ouvido dela e fala "Toda linda joia deve ser apreciada e guardada em segurança para que nem o tempo roube sua beleza", Marta então olha envolta e vê um grande armário e lá os corpos de 5 garotas tão belas quanto ela.

terça-feira, 28 de abril de 2015

A amante

A amante 

Carlos morava em uma pacata cidade do interior, ele era dono da de um pequeno armazém na cidade e era conhecido por todos.
Sua esposa Cristina o ajudava no armazém, ela era 10 anos mais nova que ele, muito jovem e bonita porem por conta do destino tivera seu filho com apenas 16 anos, bem antes de conhecer Carlos.
Carlos e Cristina eram aparentemente um casal feliz com um pequeno filho de 5 anos, peralta como qualquer criança deve ser, porem era a noite que a verdadeira face de Carlos surgia.
Depois do pequeno Jorge dormir, Carlos ia até o armário de ferramentas e tirava de dentro uma maleta de madeira fechado com cadeado, a chave estava guardada segura na corrente de prata de seu pescoço, a chave tinha ornamentos em prata, ouro e uma pequena pedra de brilhante como enfeite, ao abrir a maleta sua respiração fica rápida, ele já perdeu a conta de quantas vezes ele abriu essa maleta e a sensação sempre é a mesma, respiração forte, o suor nas mãos, borboletas no estômago a sensação de estar apaixonado. Ele abre a caixa, e retira com as mãos tremulas o pano de veludo que cobre a sua amada, ela é fria como o inverno, seus ornamentos são de prata e ouro que realça as suas curva, ela é afiada assim como deve ser a mente de uma mulher o cabo era feito de marfim, com vários entalhes esculpidos, eram formas de mulheres em varias posições eróticas, esta era sua amante e confidente e seu nome era Beatriz.

Carlos então ia carregando com carinho a Beatriz até sua poltrona, lá ele pegava sua pedra de amolar e começava seu trabalho, deslizando suavemente as curvas de sua amada, a tornando ainda mais afiada e se lembrando das inúmeras vezes no passado (antes de ser um respeitado comerciante dono de um armazém) as vezes que ele teve de usar sua amada para dar cabo de algum infeliz.

Cristina por sua vez já sabia o que iria acontecer, todas as noites começa o terror da pobre garota, era chegar em casa, preparar a janta, botar o filho para dormir e ir até o quarto do outro lado da casa onde começaria a seção de tortura, um lugar preparado para que ninguém ouvisse os gritos de dor, desespero e humilhação que tal jovem senhora tinha de se sujeitar.
Carlos então para de afiar Beatriz e olha para sua esposa, passa a língua nos lábios como já fizera milhares de vezes, se levanta e vai em direção da pobre Cristina, mas sempre com Beatriz a seu lado. Então ele segura o braço de Cristina e a leva até o quarto maldito, Carlos tira a roupa rapidamente, ele é um homem alto e forte, não é belo e é meio careca, ele se vira para Cristina, ela esta em um vestido simples, mas que acentua seus pequenos seios e as curvas de seu corpo, ela tem os olhos verdes, cabelos pretos e é magra, e neste momento os olhos passam vermelho devido às lágrimas que escorrem, ela tenta se afastar, mas ele é rápido e forte, a pega pelos braços e com um movimento ela já esta nua. Ele então monta em cima dela, como um animal ele a morde onde a marca não vá aparecer, ele continua, sempre trocando de posições, humilhando a pobre Cristina com frases "Você me pertence", "Ninguém iria querer uma mulher como você", "Você tem sorte por eu te aceitar" e aos urros Carlos sempre grita "Beaaaaatriiiiiiz!!!" invocando a sua mortal amante que sempre esta entre ele e sua esposa.

Cristina se sente humilhada, desonrada, ela não aguenta mais o medo e o pavor, ela não aguenta mais o ódio que sento por Carlos, as humilhações, as marcas arroxeadas de quando ele "se empolga demais", em meio aos urros de Carlos e a dor das mordidas, ela vê Beatriz, sua rival mas que nesta noite será sua companheira, em um movimento rápido ela pega Beatriz e crava no peito de Carlos.

Carlos cai para traz, não entendendo ao certo o que houve até olhar o mar de sangue que há em sua volta, ele olha para seu peito e vê Beatriz, ele é acometido pelo medo mas logo o medo se vai e dá lugar a luxuria, ao prazer, ele passa a mão em Beatriz sentindo suas curvas, ele fala "Como o vermelho lhe cai bem meu amor", Cristina olha de longe, encolhida, ela vê o rosto de Carlos e se depara com uma imagem que vai lhe atormentar a vida toda, enquanto Carlos morre ele lambe os lábios como fizera tantas vezes durante o casamento, os olhos ardentes de prazer e enquanto sua vida esvai em um fluxo de sangue constante, na mente de Carlos só vinha apenas um pensamento "Enfim somos um meu amor!".